A favorita

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Written on 14:42 by Ricardo Paes de Barros


Quando era menor, costumava ser noveleiro. Adorava O Clone e O beijo do vampiro. Aí sobreveio meu interesse pela televisão paga, e por conseqüência seriados, e parei de assistir novelas do jeito que fazia. Voltei, contudo, esse ano: acompanho A Favorita com a minha família todos os dias possíveis.
Quero esclarecer: eu estou totalmente ciente de que o roteiro tem inúmeros defeitos, coisas inimagináveis, atos que não fazem sentido. Mas novela, acima de ser um objeto de culto (longe disso), é sobretudo uma forma de entretenimento para toda a família. Rio mais da Flora do que com sitcoms americanos atuais. Novela para mim é pra isso, me divertir; e não seguir rigidamente e me envolver emocionalmente, isso é bobeira. Assim como também reprovo novelas com muito chororô, gosto de ação, perseguição, vilões frios e calculistas, mistério. É isso que prende minha atenção, assim como qualquer episódio de CSI.
Hoje é o último episódio e, já aviso, não assistirei as novelas seguintes. É uma rotina muito fechada, todo dia assistindo, e quero guardar a boa impressão que tive dessa novela atual. Vou sentir saudades de A Favorita, meu pai fazendo palavras cruzadas simultaneamente e reclamando que o Zé Bob não faz barba; minha mãe mandando todo mundo ficar quieto e batendo palma nos momentos emocionantes; de eu mesmo tentando calcular (e estimar) a fortuna da família Fontini; da idiota da Irene, da belezura do Rancho...

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2 Comments

  1. Anônimo |

    É Ricardo, a novela vai fazer falta na nossa rotininha...
    E porque não vai ver a próxima? Eu adoro saber que às 9 eu vou sentar no sofá com a minha mãe e o Lu para ver! É o meu momento, meu momento de me divertir. Eu nunca liguei para o que as pessoas pensam disso!

    Você devia fazer o mesmo... pare de se preocupar com a sua imagem!

    beijo, Ju

     
  2. Ana Bia |

    Realmente, a Irene é uma idiota.

     

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