Très bien

2

Written on 15:11 by Ricardo Paes de Barros



Li estes dias o livro O Assassinato de Roger Ackroyd, de Agatha Christie (cuja alcunha mais famosa é Rainha do Crime - de fato ela é). É o típico livro policial britânico, se passa na década de 20 em uma vila, o assassinato ocorreu entre quatro paredes, e a primeira suspeita sempre recai no mordomo.
A todos que quiserem ler o livro: leiam. Por isso não revelarei muitos detalhes da narrativa. Mas saibam que o seu final vai contra qualquer princípio da literatura policial, chegando a ser polêmico e contraditório, mas totalmente plausível. Talvez seja por isso que eu jamais suspeitei do m. Parker, o próprio mordomo, porque Agatha Christie que se preze nunca o faria assassino.
Aprendi também diversas expressões, fruto de uma tradução por vezes mal-feita: o livro informa que algo ocorreu "às nove e três quartos", e não às quinze para as dez.
Livro gostoso, rápido, eficiente e que não falha em nada: O Assassinato de Roger Ackroyd prima justamente por não enrolar, a informação aparece rápido e o mistério não dura muito. Porque Hercule Poirot é meio pentelho às vezes, mas ele sabe das coisas.

Bien entendu, como diria o detetive belga.

Tandoor

1

Written on 06:33 by Ricardo Paes de Barros


Ontem minha tia me levou para um restaurante indiano no bairro do Paraíso. Desde sempre quis experimentar a culinária indiana e olha, não me arrependi.
Em primeiro lugar pedimos um pastel acompanhado de três molhos, todos apimentados. Em seguida, um pão de gergelim com cebola refogada com limão, e o prato principal constituiu-se de um frango com gengibre, um arroz cor-de-rosa (pink, para falar a verdade) e uma berinjela apimentada. Obviamente, minha boca estava quase explodindo dada a pimenta, e o fato é que eu tomei três garrafas de Coca-Cola aquela noite.

Mas a culinária indiana, por mais forte que seja, é maravilhosa. Bem diferente de qualquer coisa - cujos gostos, temperos e cheios instigam e atiçam nosso paladar de forma realmente única.

Preciso fazer um repeteco do jantar... e depois ir em um restaurante coreano.

Deixar ir

3

Written on 11:58 by Ricardo Paes de Barros

Tenho uma grande dificuldade em deixar as coisas irem embora. Por exemplo, papel. Eu estava dando uma olhada em uma caixa na minha escrivaninha e me impressionei com a quantidade de lixo: recibos do McDonald's, ingressos de cinema de filmes como Harry Potter e a Ordem da Fênix, disquetes de computador (quem ainda usa isso?), manual do meu primeiro celular e uma bola para apertar quando você fica nervoso. Encontrei também durex e cartões de Natal mandados por médicos. Há, sim, coisas que valem a pena serem guardadas, como cartões de aniversário e lembranças de viagens. Mas 80% do que está nas duas caixas (a quantidade de tranqueiras é tão grande que uma não foi necessária) poderia ser jogada no lixo e não faria falta, imagino.
Guardo na minha terceira gaveta provas da sexta e sétima série, sem falar que, no meu closet, todas as minhas revistas de carro estão lá, que não irão embora tão cedo. Ano passado as organizei por título e data, e algumas, como a Quatro Rodas, não possuem nenhum exemplar faltando desde o ano de 2003. Mas as resoluções para 2008 já começaram: joguei fora uma pilha da revista Motor Show, todas sem capa e rasgadas. Outrora foi minha revista favorita, mas parei de comprá-la justamente em 2003, quando me dediquei à Quatro Rodas.
Esqueci de mencionar, contudo, que faço limpezas esporádicas na minha escrivaninha. Minha funcionária, a Neusa, me ajuda com tudo. Fica tudo uma beleza, mas um mês depois toda a sujeira (e a papelada) acabam voltando, de um jeito ou de outro.

Por você, faria isso mil vezes!

3

Written on 07:27 by Ricardo Paes de Barros

Fui à estréia do filme O Caçador de Pipas, adaptação do best-seller de Khaled Houssini, ontem. A fotografia é impressionante, souberam condensar bem a história sem omitir qualquer dado importante, e as atuações dos atores estavam excelentes. Tudo muito bom, mas a conclusão que eu tenho é: o livro é infinitamente melhor.

Evolução, sério?

5

Written on 12:03 by Ricardo Paes de Barros


Antes de iniciar essa postagem vou fazer um balanço do meu blog até agora. Faz poucos dias que o criei e já tenho uma extensa rede de leitores: três. E assim vai, não é? Estou satisfeito com o retorno que venho tendo e tento postar algo novo todos os dias. E tenho uma grande novidade: voltei a jogar Need for Speed ProStreet - estou com tudo. Então vamos lá.
Estava eu passeando pelas avenidas congestionadas do Orkut quando me deparei com uma comunidade fantástica, denominada "Airbag e ABS de série, já!". Refere-se ao desejo de que a instalação desses dispositivos de segurança aconteçam em todos os carros nacionais, sem exceção. É claro que eu entrei.
Sou um árduo defensor da segurança ao volante; não permito que minha tia dirija sem cinto (ela o faz em trajetos curtos) ou que meu pai fale ao celular enquanto dirige. A instalação do air-bag e do ABS, apesar do ganho em segurança, provavelmente aumentaria o preço dos veículos. Um impasse para a instalação não ocorrer (frisa-se que os air-bags só estão disponíveis de série no Brasil para carros acima de 50 mil, no geral. E claro, o brasileiro prefere ar-condicionado e direção hidráulica ao invés de dispositivos que só usariam uma vez na vida).
Como é de conhecimento geral, a indústria automotiva bateu recordes de vendas e produção em 2007: nunca se vendeu tanto carro no Brasil, assim como nunca se produziu tantos automóveis. O Gol, carro mais vendido do país, ultrapassou as 250 mil unidades ao ano e pouquíssimos modelos tiveram queda nas vendas. Tivemos lançamentos nacionais e internacionais, deixando nosso mercado entre os dez maiores do mundo. Os índices de crescimento são bem maiores que os chineses, menina-dos-olhos da indústria automotiva internacional.
E assim penso: o carro brasileiro está caríssimo (os impostos chegam a 40% do valor do carro), mas como é que se vende tanto? Sim, o poder de compra do brasileiro disparou. Mesmo assim, com o dinheiro que você compra um Honda Fit no Brasil, você leva um Mustang nos EUA. Se o preço do carro estivesse como há dez anos atrás, gostaria de ver como se venderia ainda mais.
E algo tristemente não acompanha a evolução nos números de vendas, tão significativos: a evolução dos próprios carros, decadentes e simples demais em escala global.

Canal 37

2

Written on 15:04 by Ricardo Paes de Barros


Costumava escutar meu pai discutindo com as moças de telemarketing da NET no telefone, e prometi a mim mesmo que nunca ficaria nervoso como ele em relação a essas coisas. Achava o nervosismo desnecessário, assim como minha mãe, e repreendia meu pai quando ele levantava o tom de voz com as coitadas do outro lado da linha.
Mas outro dia eu aprendi uma lição: às vezes você tem que brigar com elas, não tem jeito.
Eram onze horas e meia da noite e a NET abriu seu canal 37 (institucional, destinado a propagandas da própria NET) para o sinal da HBO. Pude então conferir filmes que passavam no aclamado canal, já que meu plano da NET não o envolve. O filme em questão era Os Infiltrados, do Martin Scorcese.
Já haviam se passado duas horas do filme e faltava meia hora quando a NET simplesmente cortou o sinal da HBO, exibindo posteriormente um programa próprio deles no qual os telespectadores mandavam mensagens de texto que apareciam na tela, do tipo "Alguma gatinha aqui de São Paulo?".
Fiquei doido. Se o objetivo era fazer propaganda do filme e induzir o telespectador a adquirir a HBO, que então colocasse apenas o início do filme, porque o mistério já estava sendo revelado àquela altura. Eu, pela primeira vez na minha vida, peguei o telefone da NET e liguei. Era quase meia-noite.
Primeiro, séculos se passaram até que alguém me atendesse, após uma irritante gravação. O atendente (era "o"), sem vontade nenhuma, afinal, olha o horário no qual estava ligando, só me deu respostas vagas.
Eu: "Como é que vocês exibem o filme até praticamente o fim e deixa quinze minutos faltando?", disse eu, nervoso (quase gritando).
O cara: "Era só degustação, senhor".
Eu: "Degustação, é? Então colocasse ao menos o início do filme, o que custava terminá-lo de exibir, caramba?"
O cara: "Cortamos mesmo, era só degustação"
Eu: "Ah é? Degustação é o pu** que te par**!"
E desliguei na cara do homem, orgulhoso da minha conquista.
Na tela, telespectadores nervosos mandavam mensagens pelo celular planejando um boicote à empresa.
O que penso é: fazer propaganda é ótimo de um filme. Exibí-lo no começo é uma boa forma de fazer o consumidor comprar a HBO, mas deixá-lo até o fim faltando poucas cenas é muita má-fé.
Não me arrependo dessa atitude, não. A NET já me aprontou várias, me deixa horas esperando no telefone e até já desligaram na minha cara. São mal-educados, não querem ajudar, e falam textos pré-decorados.
Filme agora é só DVD.

Meu pai estava certo.

Cansei por ora

2

Written on 15:58 by Ricardo Paes de Barros


Acabei de desligar meu jogo de computador, Need For Speed: ProStreet. Não é porque ele é ruim, afinal, os gráficos são impressionantes; mas porque está difícil demais. Eu torrei meu dinheiro comprando um Porsche (no jogo, claro) e agora não tenho reservas para prepará-lo para correr; além do mais, as corridas estão cada vez mais difíceis e eu "encalhei" em um drift impossível.

Resolvi sair especialmente para vir depositar minha frustração aqui, antes que eu desse um soco no monitor desse computador. O problema é que eu não tenho mais a desculpa de que a culpa de eu estar jogando mal é puramente do computador ruim que não o agüenta: acho que, no fundo, no fundo, não estou jogando tão bem nos últimos tempos (eufemismo para "jogando muito mal").

É por isso que estou planejando voltar a jogar The Sims 2 - não tem como perder.

(a esse sentimento soma-se a minha frustração de não conseguir vencer um quebra-cabeça japonês no último nível, que baixei no meu celular novo).

Confissão

1

Written on 06:47 by Ricardo Paes de Barros




Que por favor nenhum ambientalista leia essa postagem, porque correrão atrás de mim. Nesses tempos de infinitas conscientizações sobre o nosso planeta, mantenho um hábito repugnante. A razão pela qual nosso planeta encontra-se no jeito que está é uma só: o próprio homem.

Qualquer ato não civilizado, qualquer ação que prejudica o planeta em si, qualquer costume que vai contra os ideais mostrados massivamente pela mídia, é criticado de forma tão horrível como se cada um colocasse fogo numa floresta inteira.

Então é natural que as pessoas vão reclamar do que falarei a seguir. Uma grande confissão. Eu não fecho a torneira enquanto escovo os dentes. Mas eu já preparei uma defesa para mim, e é ridícula, porque consiste no fato de que como eu odeio escovar os dentes, fazendo-o rápido, o gasto acaba por ficar nem tanto excessivo. Além do mais, demoro quinze minutos no banho e não desligo a água em um momento sequer.

Mas isso não diminui minhas responsabilidades para com o mundo. Sou a favor dos carros híbridos, estou utilizando cada vez menos papel, brigo com o faxineiro do condomínio quando ele lava a calçada e não a varre (ah, aquilo sim é gasto excessivo de água!).

Vou tentar mudar meus hábitos medonhos.

Fourth Season coming soon?

2

Written on 13:50 by Ricardo Paes de Barros


A cara assustada de Locke tem uma clara razão para existir: o futuro de Lost é tão imprevisível como o rumo que a própria greve que a impede de ir ao ar está tomando.

Mas que diabos?

0

Written on 13:32 by Ricardo Paes de Barros

Venho nutrindo um hábito nessas férias de alugar os DVDs da série americana The Office, com a qual me divirto horrores. Estava eu meia noite terminando de assistir o penúltimo episódio quando a luz do hall do meu apartamento acendeu-se repentinamente (pude ver pelo contorno da porta). O hall possui um sensor de presença que faz a luz acender com qualquer movimento, mas o problema é que não tinha movimento nenhum! Ninguém havia passado perto da porta, e não sosseguei. Acabei abrindo junto ao meu pai a maldita porta, e como ele esperava, nada lá havia; mas como é que a luz ficava acendendo e apagando esporádica e variavelmente, sem qualquer movimento?
Não consegui assistir o último episódio, e fui dormir. No dia seguinte, meus pais clamaram que era o "vento".
Contratarei a equipe do Arquivo X a responder tudo isso.

Um novo blog

0

Written on 13:30 by Ricardo Paes de Barros

Esse é meu segundo blog. E espero que seja melhor. Comecei na era dos blogs quando, em conjunto com uma amiga, abri um reunindo nossos textos – crônicas, contos – que foram escritos ao longo do tempo. Algumas pessoas visitaram, outras comentaram. Eu acabei por esquecer o login para atualizá-lo, assim como a senha; e o blog foi relegado à própria sorte. E cá estou eu criando um novo, e certamente não me importarei se ninguém visitá-lo: utilizarei esse espaço apenas para soltar minhas idéias sem nenhum compromisso definido; nessas férias não tenho nada a fazer se não escrever observações vazias do meu cotidiano – como se escrevesse em um bloquinho de notas, aqueles amarelos que vão ao lado do telefone, daí o nome.
Espero de fato não esquecer o login e a senha para atualizar esse blog.