Alergia

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Written on 13:39 by Ricardo Paes de Barros

No último domingo acordei com uma alergia nas pernas. Parecia picadas de formiga, bolotas vermelhas. A primeira reação foi ir até a minha cama e verificar se havia um formigueiro lá (!), mas, não tendo, recorri ao hospital, afinal, a velocidade que aquela coisa estava espalhando era impressionante.
De certo é alguma coisa que eu comi, mas não sei o que. No sábado à tarde masquei um chiclete chinês cheio de corante, de qualidade duvidosa, e que custara alguns centavos, mas já risquei da lista de suspeitas.
Terça à noite, mais um ataque, dessa vez espalhando para os braços, ombros e pescoço. O pânico é geral: onze horas da noite, e eu gritando "mãe! tá chegando na cara! tá chegando na cara!"
O médico falou que é uma coisa normal. De fato é uma comida. Sexta à tarde eu descubro o que é.
Aí eu pergunto: só eu que tenho essas coisas?
Vou mascar mais daquele chiclete e já volto.

Nota

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Written on 13:17 by Ricardo Paes de Barros

Não costumo ler a coluna desse senhor no Estadão, mas graças a conselhos da minha mãe, li o artigo cujos trechos mais notáveis encontram-se abaixo.

“Nada de real acontece nesse país. Tudo se dissolve no ar. O mensalão se dissolveu, o Dirceu enriqueceu, botou cabelo, o Valério também cresceu cabelo, o Delúbio sorri, o Renan reina, os cartões corporativos viraram uma competição micha de cuspe-em-distância entre oposição e governo (…) e nada se faz, nada termina.
Estamos assistindo uma nítida deterioração das instituições, quase ninguém teme mais nada. (…) Acho que algo muito ruim está cozinhando em banho-maria nosso avanço político. Há alguma coisa ‘não acontecendo’ no Brasil que me dá arrepios”.


Arnaldo Jabor, no artigo intitulado “O Brasil progride enquanto dorme”, Caderno2, do jornal O Estado de S. Paulo, do dia 19 de fevereiro de 2008.

Well, Clarice, have the lambs stopped screaming?

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Written on 10:04 by Ricardo Paes de Barros


Os americanos têm um profundo interesse em fazer listas. Listas disso, listas daquilo. E eu acho fantástico aquelas listas começadas com o termo ‘greatest’ (o melhor, o maior), que engloba, na maioria das vezes, the greatest musics ever, the greatest movies of all-time, the greatest tv-characters, e por aí vai; sempre seguindo uma linha cultural repleta de referências pop. Fazer lista, de certa forma, é um desafio e tanto; e qualquer uma que eu tento começar acaba por embaralhar minhas idéias e acabo desistindo no meio, crente de que estou esquecendo alguma citação, ou cedendo lugar à outra menos significativa, por exemplo. Como eu não consegui fazer uma lista, achei melhor simplesmente definir o meu filme favorito, que é, por acaso, O Silêncio dos Inocentes.

Um legítimo ‘masterpiece’ de suspense, é um thriller estrelado por Jodie Foster e Anthony Hopkins, com atuações que valeram um Oscar para cada um. Em especial ele, que atuou durante apenas vinte minutos como o inesquecível Hannibal Lecter, eleito o maior vilão da história do cinema pelo American Film Institute. A sinopse é complicada: uma jovem investigadora do FBI, Clarice, (Foster) é designada para investigar um serial-killer homossexual, que pega a pele das mulheres assassinadas para usá-las em seu próprio corpo. Para isso, consulta um psicopata preso, Hannibal Lecter, (Hopkins), serial-killer também, para orientá-la e ajudá-la, fazendo um perfil psicológico do assassino. Lecter, ex-psiquiatra, havia sido preso por ter se tornado canibal. O clichê é inevitável: é tensão do começo ao fim, em um filme único e especial, que ganhou o Oscar de Melhor Filme em 1991.

Eu, que não tenho a mínima coragem de assistir O Chamado, achei a experiência de assistir O Silêncio dos Inocentes muitíssimo interessante, mesmo que não seja, propriamente, terror. Mas agradeceria se alguém comentasse, dizendo que não teve medo em qualquer cena do filme (pode ser aquela da fuga do Lecter, ou a Clarice na casa do serial-killer), o que imagino que seja bem raro. Meu próximo passo é assistir à continuação Red Dragon que narra o começo de tudo.
A todos os amantes do cinema, um verdadeiro clássico.

Wi-fi

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Written on 14:05 by Ricardo Paes de Barros

Hoje o dia não está bom. Sinto que não. Como há muito previa, a minha internet meio que sofreu um colapso, e está horrível. Há algum tempo atrás isso já acontecera, mas o senhor meu pai felizmente consertou; todavia, a situação piorara novamente. Quatro técnicos - todos fdp, como diria meu pai - pouco ajudaram. Minha casa tem uma tendência de os eletrônicos não funcionarem direito.
O que é pior é que meus familiares não entendem a enroscada na qual me encontro. Minha mãe foi simples e direta: levar os computadores (são dois na casa, um no escritório e outro no meu quarto) tudo para o escritório do meu pai. Eu bati o pé, defendendo meu ponto de vista. O que penso é que sou uma pessoa feliz quando há um equilíbrio entre lazer e estudo, portanto, não havendo lazer na internet, não há, por conseqüência, estudo tão eficiente. É meio abstrato esse pensamento e mal eu estou conseguindo processar as idéias.
Felizmente, consegui me conectar no computador do meu pai. Estava comentando com minha mãe que nesse computador os jogos não funcionam e tudo trava, mas a internet, ao menos outrora, sempre foi excelente.
Quando nos mudamos para esse atual apartamento, meu pai clamou: "Agora é tudo sem fio. Wi-fi. Chega de fios!". Chega de fios, mas parece que os fios fazem falta porque o sinal até o meu quarto é fraco, e só para entrar no bendito Orkut, demora alguns minutos esses dias. Excetuo também o terceiro episódio inédito de Lost que tentei baixar TRÊS vezes e nas três vezes a internet caiu, fazendo-me perder o download (legendendo!), e eu, burro, não salvei o link do SendSpace, que é o site que eu utilizo.
O que me irrita ainda mais é que eu concluo que é só na minha casa que isso acontece. Meu pai quer que eu reclame na NET, mas a burocracia-por-telefone-insuportável me faz pensar duas vezes.
Após uma tarde irritado, e várias brigas com minha mãe em relação ao computador, meu pai chegou e foi a primeira coisa que eu falei:
"Pai, o abacaxi agora é com você".
Estou percebendo que eu é que vou (tentar) resolver essa situação devastadora - como se eu soubesse, né.

(adoraria mensagens de apoio do tipo "Tudo vai melhorar, pensamento positivo!", e todas essas mensagens piegas.)

O Homem-Porco existe

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Written on 12:12 by Ricardo Paes de Barros

Kramer: I just saw a pig-man, a pig-man. He looked up at me and he made this horrible sound, this, eeeeaaaahhh, eeeeaaaahhh.

Kramer: Jerry, somewhere in this hospital the anguished "oink" of Pig-Man cries out for help. Once you hear it you'll never be the same.

Kramer: "The government's been experimenting with pig-men since the fifties!"

Um dia, Kramer será ouvido - de um jeito ou de outro. Afinal, ele está certo. O homem-porco está à solta! É uma teoria conspiratória na qual o governo esconde a existência deles, e o fato é que eles planejam formar um exército de homens-porco!

Anotações gerais

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Written on 12:42 by Ricardo Paes de Barros



. O fio do meu iPhone está complicando a minha vida. Toda vez que vou ouvir música nele, tenho de desenrolar o fio, ação que demora vários minutos. E não me diga que eu tenho que arrumar o fio corretamente após ouvir, porque já fiz isso e não dá certo.

. Nos últimos tempos percebi que estou engasgando demais. Quando eu bebo água, quando estou deitado, quando falo, quando como. O que há de errado comigo?
. Sair de carro da garagem do meu prédio é algo que requer paciência, porque há dois portões, um deles acionado pelo porteiro. Quando dois carros cruzam (um entrando, outro saindo) a confusão é elevada ao quadrado. Já aconteceu de quatro carros se cruzarem - vou andar de bicicleta a partir de agora.
. Para finalizar: não há nada mais chato que filme dublado, que perde toda a graça. Outro dia a Telecine Pipoca estava promovendo o trailer do filme Borat com vozes em português. A mágica do cara é justamente a voz! Ao menos eles tiveram a decência de exibí-lo, também, no Telecine Premium.

Volto quando tiver algo interessante para dizer, o que certamente não foi o caso dessa postagem.

Primeiro post de fevereiro

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Written on 10:15 by Ricardo Paes de Barros

Cada dia que passa é menos um dia na contagem regressiva para o fim das férias. No momento encontro-me no litoral norte de São Paulo sentado em uma cadeira em frente a um computador deficiente. Resolvi postar aqui mesmo em razão de diversos fatores: a) a internet na minha casa não está funcionando, b) é fim da tarde, já voltei da praia e todos no hotel, com exceção da minha pessoa e da recepcionista que se encontra a cinco metros de mim, estão dormindo. Os dois fatores determinantes confluem para a minha situação atual, a de estar escrevendo aqui cuja única função é passar o tempo, que já fora gasto com uma revista Época, uma coletânea de contos e um iPhone.
Me perdi nas palavras. Ah é, estava comentando o fim das férias. Pois bem. Descobri alguns elementos de minha nova classe, e espero que goste dela ao máximo. Mas já estou prevendo algumas dificuldades que se postarão à minha frente ao longo do ano: uma mochila carregada de livros enormes, uma dor das costas terrível como resultado, um cansaço extremo, e por aí vai.
De qualquer jeito, o fim das férias está sendo legal. O tempo está razoável, e descobri que passei no meu exame de inglês (FCE). Isso me animou muito.
É melhor eu me retirar, não consigo achar o ponto de interrogação nesse teclado sujo e desgastado; e agora me dedicarei à continuar aquela coletânea de conto há muito começada. Ontem li um conto de Tolstoi muito bom.
Até mais - se a internet em casa voltar a funcionar.