Evolução, sério?
Written on 12:03 by Ricardo Paes de Barros
Antes de iniciar essa postagem vou fazer um balanço do meu blog até agora. Faz poucos dias que o criei e já tenho uma extensa rede de leitores: três. E assim vai, não é? Estou satisfeito com o retorno que venho tendo e tento postar algo novo todos os dias. E tenho uma grande novidade: voltei a jogar Need for Speed ProStreet - estou com tudo. Então vamos lá.
Estava eu passeando pelas avenidas congestionadas do Orkut quando me deparei com uma comunidade fantástica, denominada "Airbag e ABS de série, já!". Refere-se ao desejo de que a instalação desses dispositivos de segurança aconteçam em todos os carros nacionais, sem exceção. É claro que eu entrei.
Sou um árduo defensor da segurança ao volante; não permito que minha tia dirija sem cinto (ela o faz em trajetos curtos) ou que meu pai fale ao celular enquanto dirige. A instalação do air-bag e do ABS, apesar do ganho em segurança, provavelmente aumentaria o preço dos veículos. Um impasse para a instalação não ocorrer (frisa-se que os air-bags só estão disponíveis de série no Brasil para carros acima de 50 mil, no geral. E claro, o brasileiro prefere ar-condicionado e direção hidráulica ao invés de dispositivos que só usariam uma vez na vida).
Como é de conhecimento geral, a indústria automotiva bateu recordes de vendas e produção em 2007: nunca se vendeu tanto carro no Brasil, assim como nunca se produziu tantos automóveis. O Gol, carro mais vendido do país, ultrapassou as 250 mil unidades ao ano e pouquíssimos modelos tiveram queda nas vendas. Tivemos lançamentos nacionais e internacionais, deixando nosso mercado entre os dez maiores do mundo. Os índices de crescimento são bem maiores que os chineses, menina-dos-olhos da indústria automotiva internacional.
E assim penso: o carro brasileiro está caríssimo (os impostos chegam a 40% do valor do carro), mas como é que se vende tanto? Sim, o poder de compra do brasileiro disparou. Mesmo assim, com o dinheiro que você compra um Honda Fit no Brasil, você leva um Mustang nos EUA. Se o preço do carro estivesse como há dez anos atrás, gostaria de ver como se venderia ainda mais.
E algo tristemente não acompanha a evolução nos números de vendas, tão significativos: a evolução dos próprios carros, decadentes e simples demais em escala global.

meu primo comprou um eclipse usado, de 93, por 34 mil, que seria mais ou menos o preço de um fox novo. agora siga o meu raciocínio e tire sua própria conclusão porque meus pés estão cansados de mais para tal: um eclipse nos EUA novo -sim, eu disse novo- custa por volta de 3 mil dólares, o que seria, no Brasil e na pior das hipóteses, uns 8 mil reais.
aah. este país não tem parques.
estou gostando do blog mas não continue assim; melhore :)
e, a propósito... "venho tendo" ?!
não imaginava que você estivesse com tantas saudades de mim assim.
93 é o ano, não o preço, viu?!
só pra esclarecer, que ficou meio confuso :)
Não, não. 3 mil dólares não é o preço nos EUA. Segundo a revista Motor Trend, no seu guia de compra, um Eclipse zero quilômetro custa 20.624 dólares. Chegaria por 50 mil reais por aqui se não houvesse os malditos impostos. O carro mais barato dos EUA é o Chevrolet Aveo que sai por 10.560 dólares.
Ricardo, pare de comentar no seu próprio blog, ou eu vou te denunciar.
sabe, você estudou as famosas FORMAS DE LINGUAGEM este ano, não estudou? Eu acho que eu estava na sua classe, se não me engano.
¬¬'