Written on 12:30 by Ricardo Paes de Barros
Jeremy Clarkson é tido como um dos jornalistas mais controversos da Inglaterra pela sua sinceridade e humor ácido e corrosivo. Ele é apresentador do Top Gear, programa de carros da rede BBC (fica aqui a sugestão para quem gosta de programas assim, esse é o melhor da espécie). Sabe o que mais admiro nele? A capacidade de falar abertamente o que não gosta, o que falta em mim. Quando testa um carro que não lhe agrada, ele diz: "mas esse carro é uma porcaria!". Fazendo um review do novo Ford Kuga europeu, ele afirmou que o banco do carro é tão duro e tão desconfortável que ele já sentou em cadeiras de cozinha mais confortáveis. Ainda completou: "aliás, já sentei em cercas mais confortáveis!". Ele ainda tem uma aversão contra praticamente todos os carros da Vauxhall - versão britânica da Opel, da Chevrolet - e pessoalmente odeia o Vectra mais do que qualquer coisa.
Entretanto, quando alguma coisa lhe agrada, todos os ingleses sabem que o produto de fato é bom, dada a sua fama e influência. Ao testar o novo Fiesta - e elogiá-lo, muitos afirmaram que a Ford não precisava mais fazer propagandas do carro porque ele já estava praticamente vendido. Ele serve como um parâmetro para a indústria de carros britânica, ao falar abertamente, sem escrúpulos, sua opinião. Claro, já foi processado, é criticado, muitos o odeiam... é como um Simon Cowell (apresentador do American Idol). Na verdade, é bem a mesma coisa.
Jeremy Clarkson é meio que uma inspiração. Falar a verdade sempre, não omitir a opinião, mesmo que ela seja exposta sem enrolação, não importando as conseqüências... preciso treinar isso.
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Realmente, precisa treinar um pouco isso.
Mas aqui, entre nós, Ricardo, você o admira por ele realmente ser sincero, por ser um jornalista, ou por ser um test-driver (no sentido não-literal da palavra, é claro)?